Com brasileiros vivendo cada vez mais e com mais produtividade e qualidade de vida, a Oftalmologia tem acompanhado toda essa transformação de comportamento e de estilo de vida dos integrantes da Terceira Idade. Hoje, homens e mulheres com mais de 50 anos são ativos, trabalham, praticam esportes e têm intensa programação social. São bem diferentes daquela vovó e vovô que ficavam em casa fazendo tricô e jogando carteado.
Tamanho dinamismo requer uma visão à altura da nova Terceira Idade, abrindo-lhe portas para um mundo cheio de possibilidades. A Oftalmologia brasileira proporciona a esse público a mais alta tecnologia para recuperação da qualidade visual. Afinal, o olho também envelhece.
Citando o exemplo mais inovador, é possível atualmente que o idoso remova a catarata - problema ocular comum com o avanço da idade - ao mesmo tempo em que se submete a uma cirurgia de refração para correção do grau, que lhe permite abandonar os óculos.
Tudo isso é realizado em um procedimento totalmente automatizado, aumentando a precisão e os resultados e garantindo melhor capacidade para enxergar. No mesmo ato cirúrgico, resolve-se a catarata e corrigem-se erros refracionais (miopia, astigmatismo e presbiopia - conhecida popularmente por Vista Cansada), possibilitando uma melhor visão de longe, perto e à meia distância, e mais facilidade nas tarefas do cotidiano, como leitura, uso do computador, prática de esportes e condução de veículos, entre outras.
Trata-se do que há de mais moderno na Oftalmologia. A cirurgia é calculada e guiada por computador, e não faz mais uso de bisturi ou lâminas - um grande avanço em termos de segurança, conforto e resultado ao paciente, que entra e sai andando do centro cirúrgico e volta para casa pouco tempo após o procedimento. A anestesia é feita por meio de colírio.
A partir de imagens minuciosas do olho de cada paciente, o sistema adotado na cirurgia ajuda o médico a planejar cada etapa da cirurgia de catarata. Começando por um mapeamento que determina a biometria e seleciona a melhor opção de lente intraocular.
Essa "impressão digital" servirá para registrar e rastrear o olho durante todo o procedimento, fornecendo uma referência visual que auxilia e guia o cirurgião. O sistema indica onde serão realizadas as incisões, marcações da capsulotomia - técnica usada para remover o cristalino comprometido pela catarata- e do posicionamento correto das lentes intraoculares, reduzindo erros refracionais e melhorando a acuidade visual do paciente.
Ao invés de avaliar o erro de refração no final do procedimento, o sistema ajuda a minimizar potenciais fontes de erro durante cada etapa do processo cirúrgico, ajudando o cirurgião a atingir o melhor resultado. Durante cada etapa faz-se ajustes em tempo real, conforme o olho do paciente se movimenta, garantindo um resultado final ainda mais preciso.
Outros benefícios são a rápida recuperação - entre 24 e 48 horas - e o menor risco de problemas oculares a longo prazo. Como se vê, o céu é o limite para a Terceira Idade, que conquistou e merece toda a qualidade de vida e felicidade possíveis.
Sobre Marcello Colombo Barboza
É professor doutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo e titular da cadeira de Oftalmologia na Faculdade de Medicina do Unilus (Centro Universitário Lusíada), em Santos (SP). É ainda professor assistente no Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos (SP), e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, do Concílio Internacional de Oftalmologia e da Associação Americana de Oftalmologia.